Trabalhadores de aplicativos como Rappi, Glovo Pedidos Ya e Uber Eats no Brasil, Argentina, Chile, Costa Rica, México, Venezuela, Guatemala e Equador fazem hoje uma paralisação. A pandemia e as medidas de isolamento os localizaram como trabalhadores essenciais e a precarização do trabalho pré-existente agora se expressa da forma mais crua. Enquanto os empresários enchem os bolsos, eles arriscam suas vidas, sem direitos ou medidas de proteção suficientes.

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Em La Plata, os trabalhadores se reuniram na Plaza Moreno para discutir em assembleia quais ações iriam tomar. Votaram fazer uma caravana até a esquina 7 com 50, onde fizeram um trancaço de rua.

A trabalhadora de aplicativo e representante do La Red de Precarizadxs e Informales, Pierina, disse: “Estamos em La Plata, como em muitos outros lugares do país e em outros países como no Brasil, na paralisação internacional de entregadores”, abrindo a fala. “Viemos aqui porque estamos fartos e cheios de raiva, porque as empresas de entrega como Rappi, Glovo e a Pedidos Ya estão nos precarizando ainda mais, nos obrigam a deixar nossas vidas na rua”.

E denunciou: “Há poucos dias um companheiro nosso em Córdoba morreu atropelado, estão nos expondo ao contágio em meio a pandemia, sequer temos o direito a licenças remuneradas por doença”. O trabalhador que morreu era delivery de uma pizzaria e é o sexto entregador que morre desde que começou a pandemia.

Os entregadores exigem equipamentos de prevenção e que tenham seus direitos trabalhistas básicos reconhecidos, como ART (seguro para acidentes de trabalho ou enfermidades no trabalho), licença médica e contribuição previdenciária. “Sequer somos testados e estamos o dia todo na rua, abaixo de chuva”, afirmou Pierina e adicionou: “não queremos aguentar mais essa situação, por isso estamos presentes nessa ação aqui hoje”.

Para finalizar, chamou a participarem do twittaço que vai acontecer as 18h, com a hashtag #LasVidasTrabajadorasImportan, essa ação foi chamada por organizações de trabalhadores e a Frente de Esquerda.