Marcada para essa terça-feira, 30, a posse do futuro ministro da educação de Bolsonaro, Carlos Decotelli, foi adiada. O anúncio da suspensão da posse foi feito após a revelação de que Decotelli mentiu em seu currículo.

 Franco Bartolacci, reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, foi o primeiro a desmentir Decotelli, afirmando que o doutorado cursado pelo futuro chefe do MEC não havia sido concluído: sua tese foi reprovada pela banca examinadora, e o título de doutor não foi conferido.

Em seguida, a Universidade de Wuppertal, na Alemanha, também desmentiu que Decotelli teria feito o pós-doutorado na instituição. Ele frequentou a instituição para um período de três meses de pesquisa e, segundo o comunidade emitido pela universidade, Decotelli “não adquiriu nenhum título em nossa universidade”.

Após a repercussão das revelações sobre as informações falsas, o governo Bolsonaro decidiu suspender a nomeação para uma investigação completa do currículo de Decotelli.

A nomeação do novo ministro significava um aceno de Bolsonaro para o centrão, que apoiava a indicação, após a saída de Weintraub, ministro olavista da educação que, entre outros feitos, indicou reitores interventores, cortou milhões em bolsas e investimentos na educação.