O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos dirigido pelo PSTU informou que a mudança no CKD começara no dia nove de maio. A entidade também afirmou ser contraria a esta medida e vai tentar reverter à decisão da GM de encerrar esta atividade do setor em São José dos Campos. De acordo com o próprio Sindicato, está é uma medida arbitrária e uma ameaça aos empregos.

Desde que a GM efetivou as demissões no começo do ano, o site Esquerda Diário fez uma campanha denunciando que o discurso da empresa de que não tinha dinheiro e por conta da crise econômica era uma falácia. Afirmamos em vários artigos, de que o objetivo da GM em 2016 é reduzir os custos para obter uma taxa maior de lucro e também colocamos que a picape S10, produzida em São José dos Campos, lidera as vendas do setor desde 1995 e que 10% do faturamento desta marca conseguiria pagar o salário de todos os trabalhadores da empresa.

Não podemos confiar no discurso da empresa de que os funcionários serão remanejados para outros setores, pois é esta mesma empresa que demitiu 600 pais de famílias. Esta política da empresa General Motors de ‘’fazer frente aos novos desafios vividos hoje pelo mercado’’ apenas vai levar a demissões, pressionar que os trabalhadores tenham uma jornada extenuante, retirar direitos e fragmentar mais a categoria. Apesar da crise, a GM quer aumentar a sua taxa de lucro.

Contra os ataques dos governos e dos patrões como afirmamos neste artigo é preciso um projeto de lei que barre as demissões no país. Pra isso temos que lutar contra o impeachment reacionário, mas também contra os ajustes do governo Dilma. É preciso que o PSTU que é setor majoritário da CSP CONLUTAS e está a frente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos rompa com a sua política de levantar FORA TODOS e exija da CUT que rompa com a sua subordinação ao governo do PT, exigindo este projeto de lei e que se mobilize contra os ataques que a população esta sofrendo.

Com a força de uma mobilização independente é preciso levantar uma assembleia constituinte livre e soberana, onde os trabalhadores possam colocar suas ideias, como a de que todos os políticos sejam revogáveis e ganhe um salário de professor da rede pública, que os juízes sejam eleitos pelo voto popular e cancele o pagamento da divida externa para aplicar na educação, saúde e barrar as demissões e todos os ataques à classe trabalhadora.