Com 13 dias de greve, trabalhadores da General Motors de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes conquistam a readmissão de 1.245 trabalhadores que haviam sido demitidos pela empresa.
segunda-feira 6 de novembro | Edição do dia
Imagem: Sindicato dos Metalúrgicos de SJC
Em um greve que durou 13 dias e mobilizou 11,4 mil trabalhadores nas fábricas da General Motors em São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, os trabalhadores da empresa conquistaram a vitória com a readmissão de 1.245 trabalhadores que haviam sido demitidos pela empresa.
A empresa havia demitido 845 trabalhadores pela fábrica de São José dos Campos no dia 25 de outubro, e, depois disso, dispensou mais 400 trabalhadores usando email e telegrama para as demissões, nas plantas de São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes.
Nesses 13 dias, os trabalhadores tiveram que se enfrentar com a intransigência da montadora, que não quis negociar e pagou para ver a força da mobilização e a solidariedade de classe entre os trabalhadores e trabalhadoras da empresa. O resultado foi que o Superior Tribunal do Trabalho, em decisão proferida na última sexta-feira (3), obrigou a empresa a cancelar as demissões.
O vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Valmir Mariano, afirmou: "A retomada dos empregos é uma vitória histórica, fruto da forte luta dos trabalhadores das 3 cidades. Foram 13 dias de greve e muita união em defesa dos empregos. Mostramos a força da nossa categoria".
A luta dos trabalhadores da GM deve servir para inspirar as demais categorias que é preciso lutar pela manutenção dos empregos, e que é possível arrancar vitórias nesse sentido, se se constrói a unidade na base da categoria em defesa do emprego.
Nesse contexto, a nova greve dos trabalhadores do Metro, Sabesp e CPTM em São Paulo deve levantar também como bandeira sua a necessidade da reincorporação dos trabalhadores metroviários demitidos pelo governador Tarcísio de Freitas e pela gestão do Metro.
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