Conversamos com terceirizados de diversos andares e todos relatavam a mesma ordem e expressavam seu descontentamento com ela. Após denúncias também da página “Invísiveis” no Facebook, (https://www.facebook.com/invisiveisluta/photos/a.1756490074656693/2130910980547932/?type=3&theater) houve um recuo em relação a está ordem. A Administração Central utilizou seu porta-voz no movimento estudantil que é o DCE, para dizer que o relato exposto pelos terceirizados era falso e que “desconhecia” de onde partiu a ordem.

Toda está situação constrangedora de assédio moral a que foram submetidos os terceirizados da UERJ é uma clara demonstração de racismo mais descarado a que podemos ver na universidade. Uma universidade que reivindica o legado de ser pioneira em cotas mas carrega em sua gene a estrutura da sociedade de classes em vivemos, onde os trabalhadores terceirizados são considerados de segundo escalão, não dignos dos mesmos direitos dos outros trabalhadores da universidade.

Isso é uma amosta também de como é cruel o trabalho terceirizado, que impõe para uma gama imensa de trabalhadores que eles não terão os mesmos direitos que os trabalhadores efetivos do local, ganhando menos e trabalhando mais, muitas vezes realizando as mesmas funções. Com o cenário posto da aprovação da terceirização irrestrita, aprovada no fim do ano passado no governo Temer, se acentuarão ainda mais situações como essas, aumentando ainda mais o hiato entre trabalhadores efetivos e terceirizados.

Por isso nós da Juventude Faísca defendemos a incorporação destes trabalhadores terceirizados aos quadros da universidade sem a necessidade de concurso, pois já demonstram no seu dia a dia a capacidade plena de realização das suas tarefas!