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No dia mais frio da cidade desde 1977, os militares do colégio militar do Guanabara, em Goiânia, que não vivem sem leite condensado, picanha e viagra recebidos pelo governo federal, obrigaram os alunos a tirarem as blusas de frio que não eram do colégio e a passar o dia sem agasalho.

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Expostos ao frio de 6ºC, mais de 30 estudantes ficaram sem blusa: alguns choraram e outros passaram mal. Os alunos que estavam agasalhados, ainda tiveram que passar trinta minutos na quadra "em forma", das 6h45 às 7h15, horário que registrou a temperatura mais fria do dia.

Segundo o relato de uma das alunas, o subcomandante ainda disse que quem não tem dinheiro para comprar o paletó do colégio "não é merecedor do colégio militar": um comentário quase cômico, se não fosse trágico, vindo dos militares que vivem das regalias e privilégios concedidos pelo governo enquanto o povo passa fome, vive na miséria, e morre de frio pelas ruas do país.

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Os militares, representação da instituição mais hipócrita e reacionária do Estado, defensora dos interesses da burguesia e repressor das lutas populares, hoje ocupam espaço na gestão de Bolsonaro e ameaçam os trabalhadores e a juventude com seu autoritarismo, seja dentro das escolas ou do governo. É necessário lutar, através da mobilização dos trabalhadores junto ao povo pobre, pelo fim de todas as instituições policiais, que assassinam os trabalhadores e a juventude, principalmente negra, bem como pela expulsão dos militares do governo.

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