Relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Banco Mundial, mostraram que metade da população do mundo não tem acesso aos serviços básicos de saúde, e entre aqueles que o possuem, gastam praticamente toda sua renda, sendo jogados à miséria em todos os demais aspectos da vida.

800 milhões de pessoas gastam 10% de seus salários com saúde, e dentro deste grupo, em torno de 100 milhões são obrigados à sobreviver com uma renda em torno de 1,90 dólares por dia.

A OMS levará a diante uma nova pauta que buscará fornecer acesso universal à saúde, colocando isto como uma meta para todos os países. No Brasil, o SUS leva a frente esta pauta, entretanto, com toda sua debilidade, uma vez que é subfinanciado há décadas pelos governos que fazem aliança com os grandes capitalistas do setor da saúde, fomentando a iniciativa privada.

O capitalismo trata a saúde como mercadoria, fazendo com que aqueles que necessitam tenham que pagar por ela. Além disso, constrói uma lógica de saúde que favorece os setores privados e a comercialização de técnicas e drogas lucrativas para as indústrias médicas e farmacêuticas. O SUS no Brasil vem sendo atacado brutalmente, deixando cada dia mais vulneráveis as populações pobres, que são os que pagam o preço alto por uma saúde de péssima qualidade, mal estruturada e desumanizante.