Falta professores, falta infra-estrutura, faltam livros, faltam condições adequadas de trabalho, faltam merendeiros, faltam escolas, faltam vagas nas universidades, faltam tantas coisas na educação pública brasileira quanto vergonha na cara de Bolsonaro. Mas faltam, acima de tudo, salários dignos, respeito e dignidade para os educadores de nosso país. A fala de Bolsonaro é uma afronta a todas as professoras, professores, funcionários de escola e toda a comunidade escolar que mata um leão por dia para garantir educação aos alunos. Mas o problema, para essa patota de reacionários, é o “excesso de professor”.

Por mais grotesca que seja, Bolsonaro expressa o desejo da elite econômica em destruir os serviços públicos no país, enxugar o Estado, e passar tudo o que puder para as mãos da iniciativa privada, assim como o Congresso, o STF, a grande mídia e outros setores defendem.

O contexto do vídeo é esdrúxulo. Um dos gados fala “A escola tem muito comunismo lá dentro. Tem que melhorar isso”, no que o gado mor rumina de volta: “A Dilma fez um concurso para 100 mil para a educação. Não vou entrar em detalhes aqui, mas o Estado foi muito inchado. Não estou dizendo que não precisa de professor, mas o excesso atrapalha”.

Essa parte pode ser vista a partir do minuto 4:00 do vídeo: