A greve da MRV em Campinas chegou numa semana decisiva com nova rodada de negociação a partir de uma proposta anexada pela empresa que estava intransigente com a greve, inclusive cortando salário com a greve sendo considera legal, mas que com a força dos trabalhadores que seguiam a mobilização há mais de 40 dias, teve que reconhecer que ela existia e anexar uma proposta de conciliação.

A partir da negociação, a proposta foi de pagamento de 700 de PLR referente a 2020 (sem descontar os 390 já pagos) e pagamento de 830 de PLR para 2021. Voltar ao trabalho, recebendo 70% dos dias parados e repondo 30% em trabalho. Havia uma outra proposta que era de negociar apenas o valor de 2020 e seguir mobilizados aguardando o julgamento da justiça para o ano de 2021. Mas a primeira foi a proposta decidida.

Assim, apesar de não atingir a demanda dos trabalhadores, que exigiam a PLR de pelo menos um salário e o pagamento total dos dias parados, a força dos trabalhadores arrancou o aumento da PLR dos dois anos e barrou o corte de salário dessa empresa bilionária, intransigente, e que impõe péssimas condições de trabalho aos trabalhadores, que denunciam até mesmo trabalho analógo a escravidão.

O Esquerda Diário, MRT, Faísca, esteve dia a dia nessa luta, levando solidariedade ativa, impulsionou um comitê de estudante na Unicamp em apoio que fez diversas iniciativas para que a greve rompesse o silêncio da mídia. Porque acreditamos que o caminho apontado pela greve, da organização dos trabalhadores, também é o caminho para se enfrentar com os ataques dos governos, como Bolsonaro, Mourão e os governadores. E agora seguimos junto aos trabalhadores para fortalecer cada luta, denuncia e organização da classe trabalhadora que se enfrente com os patrões e governos.

Veja fala da Flávia Telles e Vitória Camargo saudando a luta dos trabalhadores no último dia da greve.