O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin ordenou a desocupação de escolas e diretorias de ensino com este parecer. Dezenas de estudantes, menores de idade, foram detidos. Alckmin e Temer elegem como prioridade de governo reprimir seu principal fio desencampado: a juventude. A juventude e as lutas da educação colocam em risco os ajustes e a estabilidade para os golpistas, precisam ser derrotados, amedrontados. Para isto rasgam, com complacência do judiciário, as leis vigentes do país.

Sob o lema do governo golpista "Ordem e Progresso", a procuradoria paulista emitiu parecer que faculta ao governo negociar ou não, e impõe a retomada das instalações públicas sem ordem judicial. Decidiram que este direito é superior ao direito de manifestação. Sua definição de “ordem” e reprimir quem se coloque no caminho dos ajustes. O ministro de justiça já anunciou que pretende reprimir os movimentos sociais que fecharem vias, já aos “manifestantes” do impeachment o mesmo ministro garantia passe-livre no metrô e negociava junto a Rede Globo mudança nos horários de jogo de futebol para facilitar-lhes a presença.

A nova medida arbitrária não sofreu nenhum questionamento por nenhum um juiz. Continua contra movimentos sociais e a juventude o que já a prática em morros, favelas, bairros populares. Ali não é necessário mandado de busca e apreensão. A Lava Jato generalizou métodos repressivos. Com triunfo do golpe Temer e Moraes buscam testar a correlação de forças para ver se é possível aplicá-la em todo o país contra a juventude, trabalhadores e movimentos sociais.

Como viemos dizendo inúmeras vezes, antes e depois do golpe institucional, o fortalecimento do Judiciário - aclamado pelo PSTU e pelo PSOL, vergonhosa "esquerda Lava Jato" - está a serviço de reprimir as lutas contra a aceleração dos ajustes, único objetivo do golpe institucional, do qual o poder Judiciário foi um feroz defensor. A provocação ao MTST, iniciada ontem com a anulação, pelo tucano Bruno Araújo, da construção de 11.250 unidades do Minha Casa Minha Vida, e a declaração de Moraes de que em todo o país o Executivo de Temer poderá reintegrar posse sem mandado judicial, é a prova mais recente do que viemos alertando. Se o golpe serve para aplicar ajustes mais duros do que vinha implementando Dilma, é preciso que haja "paz social" no Brasil. Na boca de Temer e Moraes, "pacificação nacional" significa repressão de todos os que se opõem aos interesses dos empresários. Isto é mais uma prova do papel criminoso de toda a esquerda que aplaude a Lava Jato e suas prisões sem condenações, conduções coercitivas e outras medidas autoritárias quando não diretamente inconstitucionais. O “partido judiciário” e seu braço armado se fortalecem, e depois de treinar sua mão com os pobres e negros, afinando suas armas com Lula e empreiteiros agora se voltam contra a juventude e trabalhadores.

É preciso unir e coordenar os secundaristas paulistas, as universidades em greve, os trabalhadores da USP em greve para um movimento contra o governo golpista, seus ajustes e suas medidas arbitrárias e autoritárias.