A repressão da Polícia Militar na ALERJ na última quinta-feira, que deixou dezenas de feridos, inclusive alguns em estado grave, não foi suficiente para Temer e Pezão.

Os deputados mantiveram o cronograma das votações e, nessa segunda-feira, Pezão formalizou um pedido, que foi rapidamente aceito por Temer, para que fossem enviadas as Forças Armadas para ajudar na repressão a servidores.

Pezão disse que, com as votações, é necessário uma "segurança extra", e utilizou os protestos feitos por policiais e familiares como argumento para justificar o pedido. De acordo com o Planalto, o efetivo das Forças Armadas não será utilizado diretamente na repressão aos manifestantes, mas sim para o policiamento nas ruas, liberando mais policiais militares para atacar os manifestantes.

O envio das tropas nacionais demonstra, por um lado, que Temer e Pezão estão dispostos a tudo para aprovar a privatização da CEDAE e os demais ataques a servidores, inclusive promover um massacre ainda maior do que o que foi visto na semana passada. Por outro lado, demonstra que governador e presidente sabem que os servidores e a juventude podem se mobilizar a ponto de conseguir impedir a votação dos ataques, e por isso precisam reforçar a repressão para tentar conter a organização dos que lutam contra o pacote.