A greve desses servidores se dá em função de uma série de negociações rejeitadas pela prefeitura de Álvaro Dias (MDB) sobre uma série de direitos que vem sendo negados a esses trabalhadores.

Os principais deles é o não pagamento das gratificações e adicionais, que correspondem muitas vezes à 50% da renda desses funcionários, além do não reajuste da data-base há anos, significando perdas reais de salário nos últimos anos.

Além disso, ocorre uma histórica falta de quadros para atendimento à população, sobrecarregando o trabalho e prejudicando a saúde da população, que sofre também com falta de insumos e medicamentos básicos, até mesmo Dipirona, nos hospitais e postos de atendimento. Há relatos dos trabalhadores terem de se submeter a situações de insalubridade e improvisadas, sob assedio moral das chefias que pressionam que cumpram funções extras.

Na manifestação dessa segunda-feira, os servidores se reuniram às 9h da manhã em frente à UPA da Esperança e realizaram uma passeata, passando por outra unidade de atendimento no bairro, até retornas ao ponto de partida.

É preciso cercar de solidariedade a essa mobilização, que tem adesão da categoria em todas as unidades, contra qualquer ameaça de criminalização por parte das chefias, de desconto de salário, ou ainda do governo do estado, gerido por Fátima Bezerra (PT), que diz que servidores da saúde não tem direito de fazer greve.

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Entrevistamos Erica, servidora da saúde do hospital Walfredo Gurgel, sobre a manifestação de hoje: