A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado aprovou, nesta terça-feira, 12, o acordo entre o Brasil e os Estados Unidos que permitirá aos norte-americanos fazer o lançamento de satélites e foguetes da base de Alcântara, no Maranhão. O texto agora vai ao plenário da Casa.

A negociação há quase 20 anos um acordo de salvaguardas tecnológicas, que permite o uso comercial do local. Em 2000, o Congresso rejeitou a proposta que estava sendo costurada pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) sob a justificativa que ele feria a soberania nacional.

O projeto de decreto legislativo que dá aval ao texto do acordo entre os dois países foi aprovado pela Câmara dos Deputados em outubro. O acordo assegura a proteção de tecnologias utilizadas pelos EUA e viabiliza o uso comercial do Centro Espacial de Alcântara.

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A negociação foi formalmente assinada entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em março. Conhecida como a "janela brasileira para o espaço", a base localizada no Maranhão é atrativa porque fica próxima à linha do Equador e, de acordo com estimativas de técnicos, os lançamentos consomem, em média, 30% a menos de combustível em comparação ao território norte-americano.

Está negociação, finalizada agora, mas que se arrasta há décadas, escancara as portas para uma série de “parcerias” empresariais no setor, segundo aponta o próprio texto votado, que ampliarão os projetos brutais de privatizações e terceirizações, que fazem decolar as demissões e a precarização dos postos de trabalho, acentuando ainda mais o que já foi iniciado desde o golpismo e a reforma trabalhista.

A submissão ao imperialismo norte-americano se torna cada vez mais profunda no governo Bolsonaro, que avança para reprimarizar a economia brasileira, entregando estatais e fortalecendo o agronegócio, ao mesmo tempo que destrói universidades com projetos como "Future-se", levando a cabo o "projeto chileno" no Brasil, cujo fracasso vem sendo denunciado nas ruas pela população chilena.

É preciso enfrentar estes ataques colocados por Bolsonaro e pelo Congresso, e para isso é preciso se inspirar nos chilenos e colocar a força dos trabalhadores e da juventude nas ruas.

Com informações de Agência Estado