Por Redação Esquerda Diário ABC

4 em cada 5 moradores do grande ABC reprovam a administração de Dilma, aumento de 18,7 pontos percentuais em seis meses. Dados de DGABC Pesquisas.

De acordo com a sexta rodada de analise de governo mensurada pelo DGABC Pesquisas, a presidente Dilma Roussef alcançou 84,5% de rejeição, sendo que 72,9% avaliou o mandato como péssimo. Em todas as sete cidades o resultado foi abaixo de 10% de aprovação. Em São Bernardo, melhor resultado, teve 8% de aceitação. Enquanto que em São Caetano teve o pior com 2,4% de aval.

Os resultados das últimas eleições da região já expressavam a crise de legitimidade do governo federal. Um resultado histórico nestes 12 anos de governo do PT, apenas em Diadema o PT ficou a frente no pleito para presidência da república.

A crise de legitimidade do PT, só da mostras de piora. Os recentes escândalos de corrupção na PETROBRAS envolvendo setores do alto escalão do PT, os ataques aos direitos históricos dos trabalhadores, como as pensões por morte, o seguro desemprego e o PPE que é a principal bandeira da CUT em resposta ao desemprego crescente, são evidências concretas que levam a rejeição ao mandato de Dilma.

Soma-se a isso a profunda crise econômica que afeta os diversos setores da economia regional com o aumento do desemprego, que, segundo ultimo levantamento de junho, já atinge 13% na região. Apenas no setor industrial no mês de junho registrou o fechamento de 28 mil postos de trabalho. A indústria da região amarga com o horizonte negativo, efeitos da crise econômica.

Desde que assumiu o segundo mandato, em janeiro deste ano, Dilma vem dando mostras de como se dribla a crise econômica, jogando a mesma nas costas dos trabalhadores. Deixando claro a que a vaca não só tossiu, como já deve estar com tuberculose.

Esse nível de rejeição ao principal partido da ordem, no berço da classe operária e do próprio PT, deve servir para deixar a esquerda em alerta. É necessário avançar na construção e efetivação de um polo classista, anti-burocrático e anti-governista, para que esse sentimento de descontentamento aberto em junho de 2013 seja capitalizado pela esquerda.