O setor industrial na região teve nova queda no mês de março segundo a pesquisa de emprego e desemprego elaborada pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) divulgada nesta quinta-feira (16/04) a região fechou 2.970 vagas na indústria o setor mais afetado foi veículos automotores e autopeças, produtos de metal e produtos de borracha. O estudo abrange indústrias de diversos portes e setores da região filiados a CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo). É o pior resultado para o mês desde 2006, início da série para levantamento dos dados da região.

As demissões, lay-off (suspensão de contratos) ,licenças remuneradas e PDV’s(Programas de Demissão Voluntária) nas grandes montadoras(Mercedes, Ford e Volkswagen) começam a se refletir nas fabricas que as abastecem, a cidade de Diadema que concentra um grande contingente de fornecedores de peças e insumos para a área automotiva, liderou o número de demissões encerrando 1.450 empregos seguido por São Bernardo que tem cinco montadoras (Volkswagen, Ford, Mercedes-Benz, Scania e Toyota) e fechou 1.250 vagas. O diretor titular da regional do Ciesp no município de Diadema, Donizete Duarte da Silva diz que as indústrias do segmento sofrem com a forte queda nos pedidos, por causa da demanda retraída, e como não veem perspectiva de melhora, são obrigadas a demitir para não quebrarem.

A região do ABC conta com 1.534 trabalhadores em lay-off (715 Mercedes e 819 General Motors) , 424 em afastamentos na Ford, e o número deve aumentar já que a Pirelli pretende colocar 450 operários em lay-off. O ritmo de demissões tende a subir já que a Mercedes confirmou ontem (17/04) que vai rescindir contrato de 500 dos 715 trabalhadores que estavam de lay-off.

Os operários demitidos encontram-se cada vez mais em uma situação difícil, já em fevereiro foram fechados 4.290 postos de trabalhos na região, o número de demissões cresce ao passo do aumento dos preços de itens básicos de uso do trabalhador: uma cesta básica chega custar quase R$400,00 na região. A tensão no chão de fábrica é grande, os patrões defendem seus lucros e os sindicatos fazem promessas que logo são descumpridas, basta aos trabalhadoras confiarem eu suas próprias forças para lutar nos tempos difíceis que estão por vir, tal como aconteceu no começo do ano na Volkswagen, com confiança e organização é possível vencer.