Nessa sexta-feira, 23, houve uma reunião com amplo chamado aos comandos de greve que reuniu professores de várias regiões da capital dispostos a tomar em suas mãos os rumos desta importante batalha. Esta reunião afinou uma proposta para intervir no ato da categoria onde estavam presentes milhares de professores municipais e trabalhadores da educação para exigir que hajam iniciativas coordenadas e unificadas para dar um golpe decisivo em Doria e seu projeto num "Dia D".

Nós sabemos que Doria não cede com facilidade. Sabemos que ele, o PSDB e os golpistas tem um projeto de educação que é intransigente e querem despejar sobre as nossas costas os custos da crise econômica. Temos que ter a mesma intransigência dos golpistas e impor a eles a derrubada do Sampaprev, mostrando que quem é irredutível e não abre mãos dos nossos direitos somos nós. E foi nesse espírito que os professores se reuniram e, ao invés de deixar todas as decisões políticas da greve nas mãos do presidente do Sinpeem e contraditoriamente vereador do PPS, Claudio Fonseca, os professores entraram numa disputa do microfone e, muito além disso, numa disputa dos rumos da greve.

Professores insistindo para poder fazer a fala no caminhão de som.

Fala da professora Jéssica, do movimento Nossa Classe Educação, exigindo a construção de um dia D.

Fala do professor Fábio, do movimento Nossa Classe Educação, também exigindo a construção de um dia D.

Mais decisivo do que realizar várias iniciativas espalhadas pela cidade, como vem acontecendo de maneira isolada nas regiões, ou ainda - como propõe Claudio - vários atos semanais que acabam por desgastar a categoria e ainda dar um tempo para que Doria se reorganize, os professores defenderam a necessidade de um “dia D”, um dia chave para a greve, em que tenhamos ações coordenadas de todos os professores e também de todos os servidores públicos municipais potencializando as ações que já acontecem mas com todo funcionalismo. É preciso unificar todas as forças para golpear o inimigo com um só punho, impondo a derrota deste projeto que quer rifar nossa aposentadoria. E foi com essa política que os professores exigiram do sindicato que pudessem subir no caminhão de som e expor pra toda categoria essa proposta que foi muito bem recebida.

Este foi um exemplo em pequena escala do que devem fazer os professores e os servidores municipais. Não podemos deixar os rumos da greve somente nas mãos das direções dos sindicatos e de Claudio, que é base aliada de Doria na Câmara e sabemos que se precisar negociará mesmo que a revelia dos professores os rumos da greve. Façamos com que cada professor, cada escola e cada região possam pensar política e que tenham no sindicato espaço para propor ações para derrubar o Sampaprev, é preciso que a voz dos professores se expresse, isso é democracia de base.
A reunião do comando convocada pelo sindicato pra segunda-feira, 26, deve ser um espaço deliberativo, com professores do maior número de escolas e regiões possível, para que possam se expressar democraticamente, inclusive que votando uma comissão eleita para a reunião chamada pelo prefeito às 16h com os dirigentes sindicais, para impor que não saiamos desta greve com absolutamente nada a menos do que a derrubada completa do Sampaprev!

É possível fazer o Doria se curvar e enterrar de uma vez por todas o Sampaprev.
Não tem arrego, vamos pra cima!