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A decisão do MEC bolsonarista parte de uma preocupação de que a medida radicalmente destrutiva ao ensino superior público, amplamente rechaçada nas redes sociais, poderia vir a se tornar um motivo de mobilização efetiva contra o governo, assim como ocorre na Colômbia.

A informação do recuo foi dada pelo presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Edward Madureira, para o jornal Valor. Ele afirma que, segundo reitores, a verba ainda não é suficiente para as atividades universitárias chegarem até o fim do ano, como é o caso da UFRJ, a qual afirmou que garante manter o funcionamento até setembro.

O presidente da Andifes é também reitor da UFG afirma que, com a nova verba, há um novo "fôlego". A informação da liberação de verba veio durante uma reunião dele com o secretário executivo do MEC.

A movimentação coordenada das burocracias universitárias parece ter ligado um sinal de alerta no governo Bolsonaro, que ficou preocupado com a mobilização estudantil que poderia desencadear tamanho ataque contra as universidades federais e acabar repetindo o mesmo cenário de 2019, quando Weintraub, até então ministro da Educação, teve seu projeto privatista "Future-se" derrotado pela mobilização estudantil massiva.