A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), de manutenção dos juros básicos da economia em 6,5% ao ano agradou as entidades patronais do setor produtivo.

No entanto as mesmas entidades já deram um sinal, para Temer, mas principalmente para os presidenciáveis, de que querem o avanço do plano de ajustes e reformas para garantir seus interesses e atacar a classe trabalhadora.

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que o setor produtivo não ficou surpreso com a decisão do Copom, e que a própria confederação prevê que o Banco Central não deve mexer na Selic até o final do ano. Tanto a CNI quanto a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) reforçaram a exigência pela aplicação e avanço no plano de ajustes, que tem como principal tema a reforma da previdência que Temer não conseguiu aprovar em seu governo.

Tanto os empresários quanto os banqueiros vão continuar exercendo sua pressão tanto a este atual quanto ao próximo governo, para que aplique as reformas e siga os ajustes, limpando gastos públicos em diversas áreas, como a previdência, saúde e a educação, para garantir o roubo desses recursos com o pagamento religioso da dívida pública, mostrando que seja como for, o governo que assumir em 2019 terá de ser um governo ajustador se quiser governar.