Na manifestação, um trabalhador denuncia que Ifood, Rappi, são aplicativos que "escraviza o pai de família".

Os entregadores reivindicam o fim das pontuações da Rappi, que bloqueia os entregadores a pegarem corridas em determinados lugares se não atingirem a pontuação.

Os trabalhadores de aplicativo fazem parte do setor mais atingido pela crise econômica, acelerada pela crise do coronavírus. No Brasil, são atacados pela MP da Morte de Bolsonaro, Carteira Verde Amarela, que aprofundam e dão permissões mais intensificadas aos patrões de contratos que afetam a vida dos trabalhadores, em sua maioria negros.

É verdade que empresas como Ifood e Rappi desprezam e estimulam trabalhos análogos à escravidão, fazem os trabalhadores utilizarem o próprio veículo, trabalharem sem nenhum vínculo empregatício e sem nenhuma segurança, a remuneração ainda é extremamente baixa.

Em tempos em que a fúria negra se levanta nos EUA e contagia o mundo, assim como o Brasil com as manifestações antirracistas e antifascistas, o sentimento de revolta desses entregadores é um respiro de esperança contra a escalada autoritária que vemos no governo, com os capitalistas famintos para salvar seus lucros.

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É necessário que esses trabalhadores tenham garantia de EPIs, auxílio emergencial de um salário médio de R$2000 básico que corresponde às necessidades de vida do trabalhador brasileiro, proibição das demissões, porque o patrão se beneficia delas para que seus lucros não sejam tocados.

Pela unidade da classe trabalhadora contra o emprego precário, o racismo e o capitalismo! Todas e todos aos atos que vão acontecer em diversas cidades do Brasil neste domingo!

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