Jovem de 29 anos foi mais uma vítima de feminicídio. Ela foi assassinada em seu local de trabalho em Campinas, interior de São Paulo, no último sábado (4). O autor do crime foi seu ex-namorado, Luiz Pereira da Silva, 40 anos, que cometeu suicídio logo em seguida. Segundo uma prima da jovem, os dois se relacionaram durante dois anos e estavam separados há três meses, mas o rapaz constantemente fazia ameaças à Camila pois não havia se conformado com o término do namoro.

Esse triste acontecimento é parte da cruel realidade de violência contra as mulheres no Brasil, sendo o feminicídio o último elo da cadeia de diversas formas de violência a que as mulheres são submetidas e que o sistema capitalista legitima e reproduz a ideologia patriarcal em benefício próprio para explorar o trabalho das mulheres e mantê-las não apenas como propriedade de seus maridos e namorados, mas como uma mão de obra de segunda categoria a ser explorada.

Apesar de existir leis progressistas em determinar que existe violência de gênero e feminicídios, como a Lei Maria da Penha, os dados da realidade da violência contra as mulheres são escandalosos. O Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de Feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas pros Direitos Humanos (ACNUDH).

Vivemos num país com um presidente reacionário e misógino como Bolsonaro, que reproduz em seus discursos que o lugar da mulher é se manter subjugada as vontades dos homens, como propriedade e incapaz de exercer funções que os homens exercem. Esse tipo de discurso e a política de descarregar a crise nas costas da classe trabalhadora, que fará mais ainda que as mulheres trabalhadoras vivam em condições de miséria e violência. É uma política que claramente incentiva que casos como o de Camilla sigam sendo uma cruel realidade.

É fundamental encarar este caso como não isolado e sim como parte da realidade imposta pelo sistema capitalista patriarcal as mulheres e por isso é fundamental a organização e luta das mulheres junto aos trabalhadores e juventude contra toda forma de opressão e violência contra as mulheres.