As trabalhadoras exigiram o pagamento imediato dos salários dos últimos dois meses e os direitos referentes a rescisão contratual.

Na USP, a força das trabalhadoras com a ajuda do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), impuseram o pagamento dos salários e direitos pela própria USP que é a contratante.

Já no Metrô o Siemaco atuou desmobilizando e amedrontando as trabalhadoras, afirmando que a luta se daria na justiça com cada uma abrindo processos individuais. Afirmavam ainda que quem persistisse exigindo do Metrô não teria emprego garantido.

As trabalhadoras, com a ajuda de diversos metroviários do Sindicato dos Metroviários de SP, membros da CIPA da L1 Azul e da agrupação Metroviários Pela Base conseguiram pressionar para que a vontade das trabalhadoras fosse cumprida. Às 11h centenas de trabalhadoras saíram da estação da Luz e foram em passeata até bloquearem a rua Boa Vista em frente à administração do Metrô.

Mesmo com a mobilização a intransigência do Metrô e a atuação criminosa do Siemaco garantiu a derrota sem pagamento aos direitos das trabalhadoras pelo Metrô.

O que restou foi a promessa do Siemaco de que nesta quarta às 8h vai haver em sua sede o recolhimento de um cadastro para que as funcionárias sejam contratadas pela empresa Soluções, que substituirá a Higilimp nos serviços de limpeza do Metrô.

Fica cada vez mais claro que a Higilimp declarou falência de forma criminosa e em acordo com o Governo do Estado, pois o Metrô efetuou pagamento à Higilimp já sabendo que a empresa estava em processo de falência. Um verdadeiro estelionato dos patrões para garantir o plano de ajuste de Alckmin nas estatais e salvaguardar os lucros da proprietária "Dona Marlene" da Higilimp.

Superexploração às trabalhadoras da Guima e Centro

O Metrô, como se não bastasse nao pagar as trabalhadoras da Higilimp, obriga as trabalhadoras da Guima e Centro a fazerem o serviço extra que a Higilimp deixou pra trás na Linha 1 Azul. As trabalhadoras da limpeza são obrigadas a irem nas estações sozinhas para cumprir um plano de fura-greve e fazer toda a limpeza sem os equipamentos de proteção e maquinário necessário. Os metroviários estão denunciando essa prática desde a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes da L1 Azul.