O Papa Francisco se voltou (na sexta 25) a aproveitar sua mensagem de Natal para recordar os recentes atentados de Paris e Beirute, as cries no Oriente Médio e regiões da África, para pedir à comunidade internacional que “ponha sua atenção de maneira unânime” na luta contra o Estado Islâmico. Uma mensagem que fala de “paz e amor” mas em amparo aos bombardeios e a interferência imperialista nessas regiões.

Somado ao balcão da Sala Central da Basílica de São Pedro para a tradicional benção “Urbi et Orbi” (à cidade e ao mundo), Francisco, como nos Natais passados, centrou sua mensagem em pedir uma resposta unânime e unitária para dar resposta à crise no Oriente Médio, África e outras regiões do mundo.

O Papa expressou que “precisamente ali onde o Filho de Deus veio ao mundo, continuam as tensões e a violência”. E então declarou porque “os israelenses e palestinos possam retomar o diálogo direto e alcançar um entendimento que permita que os povos convivam em harmonia, superando um conflito que enfrentam há tanto tempo”, dando especial relevância a uma crise em que atuou diretamente ao reunir-se com autoridades palestinas.

Bergoglio expressou que “o acordo alcançado no seio das Nações Unidas pode o quanto antes acabar com o calor das armas na Síria e remediar a gravíssima situação humanitária da população esgotada”. E recordou “quantos foram golpeados pelos atrozes atos terroristas, particularmente os recentes massacres pelos céus no Egito, Beirute, Bamako e Túnis”.

Sua mensagem de Natal foi um chamado para que a comunidade internacional “ponha sua atenção de maneira unânime”, para que “cessem as atrocidades” no Iraque, Iêmen e na África subsaariana. Omitindo a responsabilidade direta da intervenção das principais potências nessas crises.

Acrescentou que “o Natal leve a verdadeira paz também à Ucrânia, ofereça alívio a quem padece das consequências do conflito e inspire a vontade de levar a cabo os acordos tomados” e reiterou seu apoio ao processo de acordos na Colômbia entre o governo e as FARC.

Bergoglio voltou a mostrar seu apoio às saídas negociadas pelas principais potências mundiais na ONU, que têm fracassado reiteradamente e que só têm servido como para-raio aos permanentes bombardeios e ataques imperialistas. Em suas mensagens evitou fazer referência à responsabilidade direta desses países nas atuais crises regionais e humanitárias, que se agravam com a crise de milhões de pessoas que se veem obrigadas a migrar.