Entre os movimentos que convocavam o ato público estão o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), o coletivo “Água Sim! Lucro Não!”, a CSP-Conlutas, a Assembleia Estadual da Água, o coletivo Lute pela Água e os coletivos de juventude Construção, Juntos e Rua.

A manifestação visa chamar a atenção para o fato de que a crise hídrica está longe de sua solução apesar das chuvas do mês de setembro. O nível dos reservatórios está hoje abaixo do que estava no ano passado e existe um risco concreto de colapso dependendo do nível de chuvas no fim do ano.

Mas, enquanto falta água na torneira da população, especialmente para os mais pobres, a Sabesp continua lucrando muito. Aumentaram a tarifa muito acima da inflação. Continuam cortando a água nos bairros mais necessitados e garantem água a preço menor para empresas, clubes e shoppings, através dos contratos de demanda firme.

Também colocam em risco a saúde da população. Desde que começou o racionamento disfarçado, com corte e redução de pressão na tubulação, aumentou a contaminação da água oferecida à população.

A Sabesp já demitiu mais de 600 trabalhadores desde o início do ano e agora começou uma nova onda de demissões sem fazer alarde. Preferem investir na terceirização que retira direitos dos trabalhadores, prejudica a qualidade do serviço e enche o bolso dos empresários privados.

Para o trabalhador da Sabesp que sustenta a empresa no dia a dia não tem aumento de salário e cai sua participação nos resultados. Os ataques e retirada de direitos continuam, como no caso do plano de saúde (Sabesprev).

Os movimentos que convocam a manifestação de 1º de outubro denunciam que para a direção da Sabesp e o governado do estado, o fornecimento de água é um negócio lucrativo e não um direito da população. Essa política a serviço do lucro é adotada por todas as esferas de governo do país.

O objetivo da manifestação é construir a unidade dos trabalhadores da Sabesp com a população que vê negado seu direito à água todos os dias na luta por:

1. Contra as demissões e à perseguição política na Sabesp

· Reintegração de todos os demitidos.

· Fim das terceirizações.

· Contratação imediata dos concursados.

· Direito de expressão e organização sindical.

· Por uma Sabesp 100% pública, estatal e com controle dos trabalhadores e do povo.

2. Pelo direito à água para todos

· Revogação do aumento de tarifas.

· Garantia da qualidade da água.

· Transparência na gestão da crise com controle popular da distribuição.

· Reforma urbana que garanta uso do solo e recursos naturais em beneficio do povo e não das empresas e especulação imobiliária.

Dados: Manifestação contra as demissões na Sabesp e pelo direito a água!

Dia 1º de outubro, quinta-feira. Concentração a partir das 16h na Praça Armênia (ao lado da estação Armênia do metrô). Passeata até a unidade da Sabesp Ponte Pequena.

Assinam: MTST; “Agua Sim, Lucro Não!”; CSP-Conlutas; Assembleia Estadual da Água; Lute pela Água; Coletivo Construção; Juntos; Setorial Ecossocialista do PSOL.

Contato: 11 997169960 (André); andre.ferrari@uol.com.br