Assim, foi votado um texto que chamava a outras universidades e escolas de ensino médio a estender a mobilização não apenas contra Marine Le Pen e a extrema direita, mas também contra o governo de direita de Macron: “Durante cinco anos, Emmanuel Macron organizou uma ataque à juventude, seja através de seus contratos precários ou com leis antitrabalhistas. Ao mesmo tempo, implementou políticas racistas, como a lei do separatismo ou os frequentes ataques contra os imigrantes que acabaram por abrir caminho para a extrema direita”, denuncia o comunicado.

Da mesma forma, o texto destaca a luta dos estudantes refugiados que tentam se matricular em universidades francesas e que são objeto de uma classificação racista por parte do governo. Está convocada uma mobilização na quinta-feira às 18h em frente ao Panteão, bem como no sábado, 16 de abril (data essa que estão convocadas manifestações em toda a França antes do segundo turno das eleições). 

A ocupação da Sorbonne está relacionada com a da Science Po Nancy e da ENS. Além disso, as assembleias gerais foram convocadas na Universidade de Paris e na Sciences Po Paris, às 12 horas. Essa dinâmica de mobilização parece claramente preocupar as autoridades da Universidade de Paris, que já se preveniram e mudaram e mudaram as aulas dos cursos presenciais para a educação a distância a fim de isolar os alunos mobilizados e cortar o movimento pela raiz. Além disso, as Forças de Segurança Nacional estarão posicionadas nas portas do local, prontas a intervir. Um sinal muito claro de que a presidência não hesitará em reprimir os jovens que agitam "Nem Le Pen, nem Macron!"