Foto: TV Vanguarda/Reprodução

A multinacional que está fechando as portas em Taubaté vai demitir mais de 700 trabalhadores, e ainda está se recusando a pagar todos os direitos destes, que têm lutado na justiça para que sejam garantidos. Entretanto, nesta terça a empresa anunciou a demissão de trabalhadores lesionados, mesmo antes de resolver a questão.

A convenção coletiva da categoria estabelecia que os funcionários com doença ocupacional permanente (enquadrados na condição B94) teriam estabilidade até de emprego até a aposentadoria, afinal é muito difícil que estes funcionários consigam se realocar em outro trabalho nessas condições de saúde. Com o fechamento, a empresa desligaria todos esses trabalhadores, que travaram uma greve no início deste ano, exigindo como mínimo o que os trabalhadores lesionados recebessem um adicional a ser incluso na indenização. Esse adicional foi conquistado e acordado nas negociações coma justiça, mas a empresa, entretanto, se recusa a pagá-lo.

Em declaração em uma reportagem para a TV Vanguarda, a LG mentiu dizendo que tem cumprido integralmente o acordo firmado com o sindicato e os trabalhadores, entretanto a empresa segue sem pagar o adicional de indenização para os trabalhadores com sequelas ocupacionais. Na reportagem, várias trabalhadoras relatam como o trabalho extenuante na LG gerou lesões permanentes em seus corpos, uma situação que era reconhecida pela empresa que agora finge não ver esses trabalhadores. O próprio Ministério Público do Trabalho declara no vídeo reconhecer o direito desses trabalhadores, mas a empresa se nega ainda assim a pagar o adicional.

Nos solidarizamos com esses trabalhadores e lutamos contra os fechamentos de fábricas e demissões que estão ocorrendo em todo o Brasil. Exigimos imediato pagamento de todos os direitos desses trabalhadores, e que não sejam desligados antes da situação ser resolvida. Pagar corretamente a indenização e o adicional para lesionados é o mínimo que essa multinacional bilionária deve fazer, uma vez que essas demissões nem deveriam estar ocorrendo. Não podem ser os trabalhadores a pagarem por essa crise, que foi criada pelos patrões.