Rafael foi preso com uma acusação de tráfico de drogas por suposto porte de 0,6g de maconha, 9,3g de cocaína e um rojão, condenado então a 11 anos e três meses de prisão com base exclusivamente no depoimento fornecido pelos policiais. O jovem já havia sido preso em 2013, sendo único condenado nos protestos da época portando materiais de limpeza, desta forma servindo de demonstração da arbitrariedade e racismo da policia.

O racismo com o qual as polícias são formadas se expressa neste caso com uma força absurda, sendo este não um caso isolado, mas sim um exemplo tirado dentre diversas prisões e mortes arbitrárias aplicadas pela polícia na juventude pobre e negra. O caso de Rafael Braga é acompanhado desde 2013 por diversos setores indignados com a seletividade da justiça burguesa. Rafael faz parte de uma massa de jovens negros encarcerados os quais muitas vezes nem sequer chegam a ser julgados.

O andamento do seu caso demonstra um impacto causado pelas manifestações em sua defesa, entretanto, a justiça que serve ao interesse da burguesia racista não se sensibiliza pelos seus atos e o caso de Rafael, apesar de absurdo, reflete o tratamento reservado à juventude negra neste sistema de miséria e opressão.