Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Em segundo lugar ficou o subprocurador Mario Bonsaglia, com 462 votos, em terceiro a subprocuradora-geral da República Raquel Elias Ferreira Dodge com 402 votos e o último Carlos Frederico Santos, com 217 votos. Um total de 983 num universo de 1.240 procuradores aptos a votar.

A eleição acontece com uma primeira votação formal de todos os membros do Ministério Público Federal e a lista tríplice vai para que o executivo, no caso Dilma Rouseff, escolha possivelmente um dos três nomes para ocupar o cargo. Depois dessa escolha a decisão final passa pelo senado e vence em caso de votação de maioria simples. Há uma tradição nos últimos dez anos de que o primeiro nome da lista é o escolhido tanto pela presidência quanto pelo senado.

O Procurador geral administra o cardo e também é o responsável de, junto ao Supremo Tribunal Federal, acompanhar e debater desde ações que visam derrubar leis constitucionais até investigações sobre os mais altos cargos do país, como presidente, ministros, senadores e deputados. É o Procurador Geral que escolhe os Sub-Procuradores que atuam no julgamento de governadores ou mesmo contas públicas.

Como parte integrante da casta política do país, como também são os poderes legislativo e executivo, o judiciário, com privilégios de escolhas indiretas e indicações ainda mais escancarados, roubam a cena da política. Mas, frente a tantos escândalos de corrupção, diferente de apontarem alguma solução, são também parte constitutiva do regime dos ricos que sobre o qual vivemos. Se tratando mais de um jogo de poder entre os ricos, cabe aos trabalhadores e a juventude que não suportam mais tantos escândalos, tomarem nas mãos a política e os rumos do país.