Segundo um novo relatório da inteligência estadunidense, o mandatário russo, Vladimir Putin, ordenou em 2016 uma campanha direcionada a eleição presidencial dos Estados Unidos, com o objetivo de influir na campanha da candidata democrata Hillary Clinton e manchar uma imagem caso ela conseguisse ser eleita como presidente.

“Avaliamos que Putin e o governo russo desenvolveram uma clara preferência pelo presidente eleito (Trump)”, afirmou o relatório. “Também avaliamos que Putin e o governo russo aspiraram colaborar com as possibilidades de eleição de Trump quando fora possível, descredenciando a Secretária Clinton e comparando-la publicamente de forma desfavorável frente a ele”, acrescentou.

O envolvimento dos russos não apontaram influência suficiente que pudessem afetar o resultado final da votação, sustenta o relatório da CIA, o FBI e a Agência Nacional de Segurança. No entanto Moscou nega ter participado de qualquer ataque virtual contra os Estados Unidos.

As agências creem que a inteligência militar russa usou intermediários como WikiLeaks e DCLeaks.com para obter os emails de integrantes do Comitê Nacional Democrata (DNC, sigla em inglês) e demais figuras deste partido. O documento sustenta que a operação mapeou os “objetivos ligados com os maiores partidos políticos dos Estados Unidos”.

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, disse que não recebeu os emails do DNC e do assessor de Clinton, John Podesta, de forma ilegal, mas de uma obteve através de uma fonte “estatal”, também não descartou a hipótese de ter cedido o material a um terceiro.

Depois de receber o relatório, que se tornou público no último sábado, 7, e próximo de se reunir com os agentes envolvidos na investigação, Trump assegurou que, ainda que vários países busquem atacar os EUA, “não houve absolutamente nenhuma influência sobre o resultados das eleições, inclusive é tido como um fato não ter tido alterações sobre o processo eleitoral”.

Em sua totalidade, o relatório confirma o que o serviço de inteligência já anunciou em outubro, quando divulgaram suas primeiras conclusões e reafirma o que disseram na última quinta, 5, os chefes de várias das principais agências de serviço de inteligência em uma audiência no Comitê de Serviços Armados do Senado.