Stravos Xanthopolos, cotado a ser o Ministro da Educação em um eventual governo de Bolsonaro, recentemente participou de um evento onde apresentou suas propostas de cortes no financiamento de pesquisa para o Brasil. Entre as várias propostas que incluem ensino à distância para o ensino fundamental, uma das propostas do grego é diminuir o investimento de pesquisa em áreas como a de humanidades. Ainda complementou a sua proposta de atacar as humanas dizendo que várias pesquisas feitas na área “não tem significância nenhuma para o desenvolvimento científico do país em termos de valor agregado”.

“Não posso ter mil pesquisas numa área que teoricamente não tem significância nenhuma para o desenvolvimento científico do país em termos de valor intelectual agregado, que vai trazer elementos econômicos e puxar cadeias produtivas, e ter praticamente zero ou pouquíssima coisa nessa área. Tem que ter equilíbrio.”, afirma “o Grego”, como é chamado.

A proposta de Stravos visa atacar as humanidades e o conhecimento científico no país. Desde pelo menos 2014, no governo Dilma, as universidades vem sofrendo com cortes importantes e a pesquisa é uma das mais afetadas. Com o governo Temer os cortes se aprofundaram, e agora Bolsonaro quer dar continuidade aos ataques, mas em escala ainda maior. Com essa visão de educação, perde a ciência, os educadores, os pesquisadores e a população como um todo.

A ausência de pesquisa na área de história, ciências sociais, direito, pedagogia, filosofia e tantas outras mostra um projeto de país onde cada vez mais se pensa menos sobre os problemas da nossa sociedade. Trata-se de uma visão de educação voltada exclusivamente ao mercado, em detrimento do conhecimento científico que ajuda a compreendermos melhor a nós mesmos e resolver problemas de fundo.