As imagens assustadoras demonstram como é cruel a realidade vivida por mulheres trans e travestis ao redor do país e no mundo, que tem como uma de suas únicas opções de sobrevivência no capitalismo recorrer a venda de seus corpos e a grande indústria que se tornou a rede de exploração sexual em época de neoliberalismo.

A realidade vivida por milhares de mulheres trans no país, o país que mais comete transfeminicídios no mundo, é uma marca da violência gênero, que acontece sistematicamente no capitalismo, que joga a vida dessas mulheres na marginalidade, limita as condições de construção de identidade de gênero, que apenas a pouco tempo estão sendo reconhecidas, após anos de luta do movimento feminista. Mas temos que ter clareza que essas concessões por parte são sempre parciais, e o Estado continua reprimindo e extorque travestis com suas forças armadas (policia) expressando a sua função de dominação e conservação da sociedade atual na contramão de garantir o avanço e a emancipação do trabalho, da mulher, da sexualidade, da humanidade.

Por isso, nós do Pão e Rosas seguimos a luta por melhores condições de vida das mulheres trabalhadoras, prostitutas e oprimidas. Em cada das lutas em vigência afirmamos, a revolução socialista segue como condição para nossa emancipação, para dar a humanidade capacidade e liberdade para construir, na maior plenitude e racionalidade, um novo ser humano, verdadeiramente livre.