CARL DE SOUZA/AFP

O Teto de Gastos aprovado em 2016 logo após o golpe institucional, limita as despesas públicas à variação da inflação e tem o objetivo de não estourar os gastos para que sobre dinheiro para o pagamento da fraudulenta dívida pública. Ou seja, ele impede e restringe o investimento em saúde, educação e etc. a serviço de deixar os banqueiros e o capital estrangeiro ainda mais ricos, descarregando a crise nas costas da classe trabalhadora.

Avaliando o levantamento feito pelo Ministério, as despesas até fevereiro e a projeção do valor previsto até o fim do ano indicam que o governo precisará cortar ainda mais os investimentos em setores essenciais, como os já mencionados, para não quebrar a “regra de ouro”.

Como o orçamento de 2021 ainda não foi aprovado pelo Congresso, Paulo Guedes já busca de antemão maneiras de atacar os trabalhadores para honrar com seu compromisso com o capital financeiro. Somente neste começo de ano os golpistas já passaram a PEC Emergencial - que congela o salário do funcionalismo público até 2036 -, planejam diminuir o seguro-desemprego, exultam o auxílio emergencial e tantos outros ataques que precarizam a vida da classe trabalhadora. Enquanto isso, seguem preservando seus privilégios e agora pretendem reajustar e investir cerca de ⅕ do orçamento nos militares.