Foto: Igor Sperotto

Os dados são da CUT-RS. Algumas das principais cidades gaúchas, como Porto Alegre, Caxias do Sul, Rio Grande, Canoas, Pelotas, Passo Fundo, Santa Maria, São Leopoldo, Bento Gonçalves e outras paralisaram parcialmente algumas atividades.

No caso de Porto Alegre, por exemplo, a greve foi menor do que no dia 28 de Abril, mas certamente não passou despercebida. Mesmo com o boicote do sindicato dos rodoviários, o transporte público da capital foi fortemente afetado. Houve trancamento de algumas garagens pela manhã e a polícia reprimiu com bombas e balas de borracha. Mas mesmo assim muitas pessoas deixaram de pegar o ônibus durante o dia, muitos rodoviários aderiram a greve e o vazio do centro da cidade mostrou que não era uma sexta-feira comum.

Grande parte das escolas da cidade, municipais e estaduais, pararam no dia. Às 13h, cerca de 5 mil pessoas marchavam do Largo Glênio Peres até o Piratini, denunciando o governo Temer, mas também a repressão ocorrida pela manhã.

A repressão se espalhou pelas garagens e vias trancadas, levando à prisão de três manifestantes. Na UFRGS, a Brigada Militar chegou a jogar bombas dentro da universidade.

Em Caxias do Sul a greve geral não foi muito forte, em grande medida por conta da paralisia da CUT e CTB que dirigem quase a totalidade dos sindicatos da cidade. Entre os metalúrgicos não houve nenhuma paralisação de fato, como havia ocorrido no 28 de Abril à revelia da vontade da direção do sindicato. O ato durante a manhã e tarde, na Praça Dante, reuniu cerca de 300 pessoas. Algumas escolas paralisaram totalmente suas atividades na serra.

Ainda segundo a CUT, algumas cidades, como Canoas e Rio Grande, os serviços foram quase totalmente interrompidos.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, foram 24 trechos de rodovias trancadas no estado, tanto federais quanto estaduais.