A Equipe do Esquerda Diário conversou com trabalhadores demitidos que afirmam que existe uma possível venda da planta para setores do capital estrangeiro chinês, que teria como condição a demissão de alguns galpões da planta e substituição de maquinaria.

Apesar de não haver mobilização impulsionada pelo sindicato, que não tem relação com os trabalhadores da fábrica, alguns dos demitidos dizem que é possível que haja protestos contra as demissões na região. Os trabalhadores já estão informando estudantes da Fundação Santo André, da Universidade Federal do ABC e professores da região que também vem se articulando em comitês na cidade contra as demissões, e prometem ajudar nas mobilizações.

Maíra Machado, professora da rede pública da região e diretora de oposição da APEOESP, comentou ao jornal que “frente a crise que estamos vivendo, os empresários estão aproveitando para descarregar a crise nas costas dos trabalhadores. Nas fábricas demissões, nas escolas Alckmin faz cortes na educação. É o momento de começarmos a nos unir para dar uma resposta na cidade, de que os trabalhadores unidos não vão aceitar esses ataques”.

Segundo Maíra Machado, formas de protesto estão sendo pensadas já para essa quarta-feira, e também reuniões com os trabalhadores para pensar como dar uma resposta a essa situação.