O candidato do PSL ao Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, criticou neste sábado (25), em entrevista à TV TEM (afiliada da TV Globo), a atuação do Ministério Público do Trabalho, que ele classificou de obstáculo para o desenvolvimento do país. Ele disse que, se eleito, vai "tirar o Estado do cangote do produtor".

"O maior incentivo que a gente pode dar com o setor produtivo é tirar o Estado do cangote do produtor. Por outro lado, conversando com a nossa equipe econômica, nós temos que desburocratizar e desregulamentar muita coisa, de forma que aquela pessoa que queira empregar não seja refém do Estado", declarou o candidato na entrevista à TV Tem.

"Conversei com um piscicultor agora há pouco aqui [Catanduva] sobre as dificuldades, imposto, energia cara e licença ambiental. Um país que tem um Ministério Público do Trabalho atrapalhando não tem como ir para frente", complementou.

Alckmin já havia sustentado a eliminação do Ministério do Trabalho, tratando de colher uma porção da base eleitoral de Bolsonaro.

Em debate de televisão, o reacionário ex-capitão havia dito que os trabalhadores poderiam escolher: ou menos direitos, e algum emprego; ou todos os direito, e nenhum emprego. Uma síntese do programa da extrema direita, que fala fino diante dos mercados e do imperialismo no país.

A solução que a esquerda anticapitalista e socialista propõe é o oposto disso: atacar os capitalistas. Propomos a redução da jornada de trabalho - sem redução salarial - para 6 horas, 5 dias na semana, e a partilha das horas de trabalho entre empregados e desempregados, para acabar com o delírio deste modo de produção anárquico, que por um lado deixa milhões no desemprego, enquanto outros milhões sofrem com jornadas de 12h, 14h ou mais horas de trabalho.

A reforma trabalhista de Temer deve ser abolida, assim como deve ser abolido o pagamento da dívida pública, que deixa 25 milhões de trabalhadores no desemprego.

Este programa é o que pode combater pela raiz a continuidade do golpe institucional nessas eleições tuteladas pelo autoritarismo judiciário (não apoiamos voto no PT, mas defendemos o direito de Lula se candidatar, e do povo decidir em quem votar).