O PPE, chamado de Programa de Proteção ao Emprego é um projeto elaborado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista (CUT) no ano passado e reivindicado pela central sindical durante o período eleitoral e por todo o segundo mandato de Dilma e que tem ganhado força de lei esse ano com a aprovação da Medida Provisória 680.

O PPE permite que as indústrias reduzam até 30% da jornada de trabalho pelo prazo de até 12 meses. Neste período a empresa reduziria os salários dos trabalhadores em iguais 30% e o governo bancaria parte desta redução salarial através do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), com o limite de 65% do valor máximo do seguro desemprego, hoje em 1385,91 reais. O que se chama de proteção ao emprego é na realidade a proteção dos lucros empresariais e dos cofres do governo, onde apenas os trabalhadores perdem.

Maíra, diretora de oposição da APEOESP, contraria a essa medida, disse que “a única solução para evitar as demissões e o ataque aos direitos dos trabalhadores é levantar o programa de redução da jornada sem redução do salário e exigir que as empresas que se dizem em crise e estão demitindo abram seus livros de conta, já que os empresários utilizam a crise para reduzir seus custos e aumentar ainda mais seus lucros"

Sobre a campanha que o Esquerda Diario esta lançando, ela continua “a central sindical CSP-CONLUTAS e os sindicatos da esquerda devem unificar as lutas nas montadoras e construir um verdadeiro polo para travar essa luta. Estamos buscando com as forças do nosso diário digital, com nossa solidariedade desde fora e nas fábricas onde estamos presentes, travar batalhas exemplares para mostrar a possibilidade de fazer com que os capitalistas paguem pela crise.”