A vitima era conhecida como “Juninho”, tinha 45 anos e era pedreiro. Em vídeos que circulam pela internet, um homem se identificou como dono do estabelecimento onde José estava trabalhando afirmou que o operário foi baleado enquanto “levantava” uma laje. “Acabaram de matar um trabalhador em cima da minha laje! O cara fazendo minha laje! O cara trabalhando, cara, o policial atirou. Não tinha ninguém. Policial saiu dando tiro. É impressionante como a gente tá sofrendo aqui na Vila Kennedy", contou o morador no vídeo.

Moradores acusam policiais militares de atirarem no pedreiro, segundo moradores, o pedreiro foi atingido e não foi socorrido pelos policias.

Outra operação ocorreu na comunidade da Cidade de Deus, onde o Bope entrou com carro blindado e derrubou barracos da localidade conhecida como brejo. Com isso, os moradores se revoltaram com o ocorrido e fecharam uma das principais vias do Rio de Janeiro, a Avenida Brasil.

Depois de a polícia destruir casas na Cidade de Deus, os moradores fizeram manifestações nas ruas. Segundo relato dos moradores, o blindado chegou por volta de 6h e forçou passagem entre os barracos. O carro acabou derrubando mais de dez barracos.

“Fomos acordados com o caveirão quebrando nossas casas às 6h. Eu trabalho. Hoje deixei de ir para ajudar os vizinhos. Por favor, clemencia para não acabarem com as nossas casas. Tem morador machucado porque bateram. Na comunidade, também existem pessoas de bem”- afirmou ao jornal extra, Judete Barreto, diarista que mora no Brejo.

Isso mostra a cara do governo e da politica racista de Witzel, apoiada também pelo discurso racista de Bolsonaro, que leva a polícia a ser responsável por quase 900 mortes só nos primeiros 6 meses desse ano.

O número de mortes por intervenção policial no RJ é o maior nos últimos 20 anos. Em julho desse ano, o Centro de estudos de Segurança e Cidadania (CESEC) revelou dados em que o número de operações policiais cresceu 42% em relação ao ano passado. O levantamento também mostra um aumento de 46% no numero de mortes entre março e junho desse ano por policiais na comparação com o ano passado. Em 11 operações da polícia, o helicóptero foi usado como plataforma de tiros.

A violência policial que é o “carro chefe” de sua política nada tem a oferecer aos negros a não ser a morte e o aprofundamento do racismo estrutural. E por outro lado, ataques como a reforma da previdência e a reforma trabalhista só precarizam a vida dos trabalhadores. Por isso, nos colocamos contra esses ataques e a politica de genocídio da juventude negra nas favelas, bem como racismo que figuras como Witzel e Bolsonaro querem perpetrar.