O esquema seria armado por autoridades de investigação americanas, FBI, CIA etc, e brasileira e ocorreria uma gravação da conversa com Joesley Batista em sua cobertura na esquina da Quinta Avenida com a rua 51 no dia 17 de maio, em Nova York. No entanto, Temer só não compareceu à cerimônia de homenagem a empresários porque estava ocupado no Brasil tentando aprovar a Reforma da Previdência na época.

Isso ocorreria porque o presidente da JBS estava prestes a fechar um acordo de delação premiada com os EUA, a fim de manter laços empresariais com o país, porque a que foi assinada com o Brasil dificulta seus negócios pela Foreign Corrupt Practices Act (FCPA), que em português significa Lei de Práticas de Corrupção no Exterior.

A JBS mantém uma posição de maior produtora de carnes dos EUA, com várias unidades e muitas marcas, além de empregar 90 mil pessoas e de ter investido mais de 7 bilhões de dólares em plantas no país. Na importação de carne brasileira, Joesley tem tentado desviar de acusações de inflamações nas carnes “in natura” e da vergonha da participação em esquemas de propina a inspetores sanitários durante a Operação Carne Fraca.

De fato, em torno do escândalo que seria uma gravação flagrante de Temer com Joesley, há o escândalo ainda maior da relação empresarial no jogo político e seus interesses de manutenção da propriedade privada e seus lucros.