Militares russos e veículos blindados na estrada na região de Rostov, na Rússia - Foto: EPA/Via BBC

A Rússia realiza ataques a diversas regiões da Ucrânia desde a madrugada desta quinta-feira, 24. Os ataques ocorrem logo após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter anunciado uma operação militar especial no país vizinho. Sobre os ataques, Diana Assunção, dirigente do MRT, diz:

"O início do conflito entre Rússia, Ucrânia e OTAN remonta ao final da Guerra Fria com o triunfo dos Estados Unidos, a dissolução da União Soviética e a restauração capitalista. As diversas localidades destruídas hoje na Ucrânia, todos os mortos e feridos expressam a lógica desse sistema capitalista e das disputas entre as diversas alas da burguesia e dos diferentes governos, que defendem seus interesses enquanto a população amarga as consequências.

Ao mesmo tempo que a operação militar russa não pode ser entendida como uma “defesa” da Ucrânia contra a ofensiva beligerante do imperialismo estadunidense e da União Europeia, as ações dos Estados Unidos e da OTAN, que aproveitam a reacionária invasão russa para justificar o aumento da militarização imperialista do Leste europeu, como constava em seus planos, também não podem ser vistas como alternativa.

As ações de Putin favorecem o expansionismo imperialista da OTAN. As tropas russas devem sair imediatamente da Ucrânia!"

A classe trabalhadora ucraniana deve lutar por uma saída independente, que favoreça os seus interesses e dos setores oprimidos:

"A única saída possível para os trabalhadores e os setores oprimidos ucranianos é por meio da autoorganização e da luta por uma saída independente, que nem tenha confiança nas forças imperialistas estadunidenses e européias, e nem na OTAN, ao mesmo tempo que não apoie as investidas do reacionárias do governo Putin.

A burguesia nacional ucraniana é aliada da burguesia internacional, e portanto também não batalhará pelos interesses do conjunto da população. Somente a organização dos trabalhadores da Ucrânia aliado aos operários do leste europeu e da Rússia, podem dar uma saída para toda a situação da região, batalhando por uma Ucrânia que seja operária e socialista, que atenda aos interesses dos trabalhadores e que tenha como hierarquia as suas vidas e não as disputas entre os capitalistas.

Assim como somente a unidade dos trabalhadores a nível internacional é que poderá apontar uma verdadeira saída para a situação de guerras e disputas burguesas que atingem várias regiões do globo, pois a classe trabalhadora é internacional e não tem fronteiras."

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