O candidato bolsonarista, Nilvan, ficou em primeiro lugar na Capital, João Pessoa e em Campina Grande, Pedro Cunha Lima fou o primeiro no bastião de sua família.

No Senado o voto da direita ficou concentrado em Efrain Filho (União) que obteve 30,18% dos votos válidos, relegando a Pollyana (PSB) ao segundo lugar com 22,85% e o ex-governador Ricardo Coutinho, agora no PT e que tem a candidatura ainda sob judice, ao terceiro com 21,54%. Pela sua vez na cidade de Patos, João Azevedo obteve uma importante vantagem de 14% de diferença a seu favor sobre Pedro.

Na Paraíba os resultados da eleição presidencial não foram muito diferentes ao resto do Nordeste obtendo Lula um 64,20% e Bolsonaro um 29,63%, expressando no plano nacional, em termos gerais, o repudio as políticas da extrema direita.

No próximo segundo turno Lula deverá ter palanque com João Azevedo (PSB) no estado da PB, isso independentemente de haver apoiado Veneziano e haver só viajado Alckmin ao estado apoiar sua reeleição, enquanto que Pedro Cunha Lima, quem sendo tucano tem muitos vasos comunicantes com o bolsonarismo, neste momento deve estar avaliando se compensa ou não dar palanque a Bolsonaro de forma explicita, já que sempre se mostrou como um “bolsonarista” de forma menos aberta e poderia prejudicar sua performance eleitoral numa eleição executiva num segundo turno estado do Nordeste.

Do Esquerda Diário entendemos que é central enfrentar a extrema direita e a direita no plano nacional e estadual, mas essa luta não pode se limitar a uma luta no marco dos limites institucionais senão que deve ser realizada com independência política dos governos, dos patrões e do Estado. O caminho é colocar o foco na luta de classes, na luta contra Bolsonaro e as reformas, unindo a classe trabalhadora sem aliança com a direita e os patrões. A conciliação com forças políticas da direita e patronais fortalece a direita. Assim como Lula é aliado de Alckmin e de Mireilles, João Azevedo integra na sua aliança uns catorze partidos, muitos deles golpistas e de direita.