No início de 2015, a CBF afirmou que teria uma seleção feminina permanente com o objetivo de treinar para as disputas da Copa do Mundo e as Olimpíadas que ocorrerão em agosto aqui no Rio. O discurso era que elas seriam contratadas pela CBF e teriam dedicação exclusiva.

Rosana Augusto, Andreia Suntaque e Gabi Zanotti, jogadoras que não foram convocadas para as Olimpíadas no último dia 12, disseram que todas as jogadoras entregaram os documentos exigidos para a contratação em 2015, mas não obtiveram retorno e ficaram sem benefícios.

Ano passado já tínhamos visto uma série de denúncias sobre as péssimas condições a qual as jogadoras enfrentavam na Copa do Mundo, como os gramados serem de sintético ocasionando lesões por causa do atrito na hora da queda. Esta questão resultou em um abaixo-assinado de diversas jogadoras, incluindo a Marta, contra as condições do gramado e o sexismo da Fifa.

Esse machismo estrutural da sociedade capitalista está presente em todos os lugares, incluindo os esportes. Quando as mulheres praticam esportes considerados “para homens” como o futebol, milhares de meninas e mulheres precisam enfrentar diariamente o machismo para conseguir jogar e seguir a carreira, enquanto empresários e entidades oficiais seguem nadando em rios de dinheiro. Mas várias jogadoras estão denunciando e mostrando que futebol é coisa pra mulher sim!

Temos que nos organizar para não permitir nenhuma expressão machista e nenhuma forma de exploração que o capitalismo nos impõe!

JOGUE E LUTE COMO UMA MENINA!