A candidatura de Geraldo Alckmin não consegue decolar, mesmo tentando de tudo para emplacar sua campanha, Alckmin ainda não conseguiu sair da casa de um dígito nas pesquisas. Se Bolsonaro, o líder nas pesquisas com a condenação de Lula, possui um perfil que incomoda a burguesia, devido a sua imprevisibilidade e populismo de direita; Alckmin busca ocupar esse espaço de centro-direita e se tornar o candidato viável que almeja a burguesia.

Para isso, Alckmin deu uma grande mostra de sua vontade de satisfazer a burguesia. Alckmin prometeu privatizar a Petrobras caso seja eleito. “Muitos setores da Petrobras podem ser privatizados. Inúmeras áreas que não são o ‘core’, o centro objetivo da empresa, tudo [isso] pode ser privatizado. Se tivermos um bom marco regulatório, até pode, no futuro, privatizar tudo".

A política privatista não é novidade no discurso do tucano. No estado de São Paulo Alckmin é responsável por muitas das privatizações e entrega do patrimônio público, o mais recente caso a concessão da linha 5 e 7 do metrô, num leilão de cartas marcadas do qual se saiu vencedor a empresa CCR.

A mais recente pesquisa Datafolha colocou Alckmin no mesmo patamar de Hulk, a diferença é que enquanto o governador propagandeia sua candidatura a tempos, Hulk já declarou que não irá concorrer. Até mesmo dentro de seu partido, diversos setores buscam alternativas que empolguem mais, como o próprio ex presidente FHC que recebeu uma pesquisa a respeito da viabilidade da campanha de Huck. Dessa forma, Alckmin busca fazer todos os gestos necessários para assegurar o apoio da burguesia, garantindo até mesmo a entrega da Petrobrás.

Informações retiradas de entrevista do jornal Valor.