Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Ao todo Bolsonaro já foi alvo de 143 pedidos de impeachment em seus três anos de mandato, e com exceção de 7 que foram arquivados ou desconsiderados devido a erros identificados no momento do protocolo, todo o restante seguem em análise sem prazo determinado.

Somente em 2021 foram apresentados 84 pedidos de impeachment, sendo a maioria relacionado a gestão criminosa da pandemia por Bolsonaro. Segundo dados da Câmara, 62 pedidos de impeachment tem relação com a atuação na pandemia, sendo 54 protocolados este ano. O último pedido de impeachment de Bolsonaro foi feito por Miguel Reale Junior, o mesmo jurista que assinou o pedido que derrubou Dilma no golpe de 2016.

A rejeição aos pedidos de impeachment ocorre desde o presidente da Câmara Rodrigo Maia que atuou em defesa de Bolsonaro, até o atual presidente Arthur Lira, que desde sempre rechaçou a ideia de abrir um processo contra Bolsonaro.

A postura de Lira em relação aos pedidos de impeachment mostra como o regime atua para defender Bolsonaro, mesmo com centenas de crimes. O fato é que a política levada por Bolsonaro de ataques e reformas são amplamente defendidas e reivindicadas pelos setores desse regime, que em meio a crise, necessitam que medidas sejam aplicadas contra os trabalhadores para garantir os lucros dos capitalistas, enquanto milhões passam fome e vivem na miséria.

Enquanto distintos setores atuam para preservar Bolsonaro no poder, como o Congresso, o STF e os militares, outros buscam um impeachment apenas para colocar Mourão no lugar e limpar a cara desse regime político apodrecido. A saída para os problemas do país não passa por essa institucionalidade e sim pela força organizada da classe trabalhadora de forma independente.