O processo seria por “apologia a tortura”. Bolsonaro já tenta se esquivar de tal acusação, baseando-se na ausência de sentença contra Ustra (fruto da Lei da Anistia, que anistiou torturadores e assassinos do Estado) e em uma das várias leis que defendem os poderosos representantes dessa democracia dos ricos: uma que garante imunidade parlamentar por votos e declarações públicas. Mas, mesmo neste contexto, e por pressão popular, até o Tribunal de Justiça de São Paulo foi obrigado a declarar Ustra como torturador.

Desde a sua absurda declaração na fatídica votação do dia 17 de abril, uma comoção nacional tomou conta das redes sociais contra Bolsonaro, uma pressão pública forte. A reunião do Conselho de Ética, no entanto, que discutiria a possível abertura do processo e que estava marcada para hoje, foi cancelada. Outra foi marcada para o próximo dia 21, mas ainda não está claro que a pauta de discussão será mantida.

Essa é a importância que essa “democracia” dá para esse tipo de incidente. E é assim que dizemos que a direita cada vez mais é alimentada pelo regime. Para combater os avanços dessa direita golpista e que dissemina o ódio aos oprimidos, somente com as nossas próprias mobilizações, e com nossa força impormos as nossas regras.

Chamamos os trabalhadores e a juventude que repudiam a direita a impulsionar junto conosco uma luta séria contra esse governo golpista e seus aliados conservadores e reacionários .