O guru econômico de Bolsonaro não fez questão de esconder a afinidade com diversos personagens do golpe institucional que assumiram posições chaves no governo golpista, na continuidade do golpe e seus ataques contra os trabalhadores.

Não poupando elogios ao atual secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, convidado por Henrique Meirelles, em 2016, para integrar a equipe econômica do Ministério da Fazenda, Guedes deixa claro que, para continuar as reformas de Temer - dando continuidade ao golpe -, pretende abarcar num eventual governo Bolsonaro, aqueles que foram fiéis ao golpe e a garantiram cada ataque contra a classe trabalhadora.

Guedes, adiantando uma possível formação da equipe econômica do candidato do PSL, já se encontrou com membros da atual equipe, em Brasília, a convite do ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, que também foi secretário do Tesouro Nacional de FHC, em 2002, e na companhia do presidente do BC, Ilan Goldfajn, indicado por Henrique Meirelles, como parte de conversas que têm sido pedidas pela Fazenda com economistas de pré-candidatos.

Demonstrando cada vez mais não ser opção para a classe trabalhadora nessas eleições manipuladas pelo autoritarismo judiciário e apoiado pelas Forças Armadas, assim como o próprio vice de Bolsonaro que fala em “auto-golpe” do presidente, Guedes e Bolsonaro se preparam para ser o mais viável possível ao mercado e aos capitalistas.

Levando para seu possível governo parte significativa da equipe golpista do atual governo, que passaram por FHC e Temer, o capitão reacionário aponta em direção a um horizonte de mais ataques contra todos aqueles a quem prega um discurso de ódio, além de reafirmar, desde uma equipe formada pela “seleção” golpista, que em seu governo a política econômica será marcada pelo bom serviço aos capitalistas e para que os trabalhadores tenham que escolher, como Bolsonaro mesmo disse, entre “emprego sem direito ou direito sem emprego”.