Adriana Dias, que é doutora em antropologia social pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) deu uma declaração a revista Fórum:

“O leite é o tempo todo referência neonazi. Tomar branco, se tornar branco. Ele vai dizer que não é, que é pelo desafio, mas é um jogo de cena, como eles sempre fazem”

David Nemer foi um dos que fez a mesma comparação no Twitter:

“Nacionalistas brancos fazem manifestações bebendo leite para chamar a atenção para um traço genético conhecido por ser mais comum em pessoas brancas do que em outros – a capacidade de digerir lactose quando adultos. É uma tentativa racista para se embasar em “ciência” p/ diferenciar e justificar a “raça branca”. Mas como já provado e explicado por toda ciência: Não há evidência genética para apoiar qualquer ideologia racista. O que há, é na verdade, um governo tosco e motivado pelo ódio”

“O símbolo do copo de leite foi apropriado por uma facção das redes bolsonaristas, que são channers. Esse pessoal gosta da confusão que o meme gera com a simbologia nazista e se refestelam com a notoriedade que recebem da mídia. Essa fação é do Leon Leitadas”, acrescentou Nemer.

Se trata de uma afronta verdadeira afronta ao povo negro, em meio ao genocídio que a polícia segue realizando e o fato de que seguem morrendo mais do que os brancos no Brasil pelo coronavírus. Bolsonaro zomba da cara dos mais pobres, dos negros e de todos aqueles que estão tendo sua vida desfacelada pela pandemia.