(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Nas eleições deste ano, o TSE mudou a maneira de apuração. Anteriormente, cada Tribunal Regional Eleitoral (TRE) fazia a apuração e divulgação, de maneira descentralizada. Este ano, no entanto, foi decidido que os dados deveriam ser enviados previamente ao TSE, que iria centralizar os resultados.

Houve um atraso na apuração e divulgação dos resultados, o que gerou reações na extrema-direita e em Bolsonaro, que questionaram a confiabilidade das urnas eletrônicas. Depois de afirmar no domingo que houve um problema no supercomputador comprado para a eleição, na segunda-feira, o presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, afirmou que o problema foi a demora na entrega do equipamento, por parte da empresa Oracle, o que impediu que fossem feitos testes prévios e que a inteligência artificial do sistema não aprendeu a processar a quantidade de informações que recebeu, gerando lentidão na computação dos votos.

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Barroso, no entanto, reafirmou a lisura do processo eleitoral. É fundamental relembrar, porém, que Barroso, enquanto ministro do STF, e o TSE foram parte integrante do golpe institucional de 2016 e também da manipulação das eleições em 2018, quando prenderam e cassaram a candidatura de Lula, que liderava as pesquisas. São parte de toda a degradação do regime político brasileiro desde então.