Os míseros R$ 600,00 disponibilizados pelo Governo Federal para que os desempregados ou informais, nesse período de pandemia, pudessem sobreviver, tardam a sair. Os trabalhadores precisam se expor à doença em filas imensas para receber na Caixa Econômica. Diversos dos pedidos do Auxílio Emergencial foram negados sem explicações e trabalhadores desempregados seguem sem receber.

Seriam as demoras na aprovação dos pedidos apenas consequências da rigidez do processo para que o dinheiro seja devidamente destinado aos que mais precisam? Apesar da tentativa do governo em mascarar, as últimas notícias escancaram mais uma vez a arbitrariedade por trás aprovação do Auxílio.

Segundo informações disponibilizadas pelo Correio Braziliense desta segunda-feira (11), parte do Auxílio Emergencial está sendo desviado para os militares. Dados do governo revelam que 189.695 militares da ativa, da reserva, reformados, pensionistas e anistiados receberam o auxílio emergencial, totalizando R$ 114 milhões desviados apenas nesse esquema de corrupção. Apesar dos dados alarmantes o governo informa que o auxilio foi disponibilizado para "apenas" 72 mil militares.

Além de todos os privilégios pagos com o dinheiro que sai dos trabalhadores, os militares têm se aproveitado de sua relação próxima com o poder executivo nacional para desviar dinheiro ilegalmente. Dinheiro esse que não passa de uma migalha para eles, quando comparado aos salários que recebem, mas que para os trabalhadores significa ter ou não comida na mesa.

É urgente a aprovação dos auxílios e seu aumento para R$2.000. Além da isenção de contas essenciais como aluguel, luz, água e gás.