Geraldo Alckmin segue em sua campanha implacável contra os servidores do estado de São Paulo, em especial contra os professores. Após 4 anos sem oferecer qualquer reajuste aos professores, agora o governador quer proibir qualquer tipo de aumento real no salário pelo período de dois anos.

O projeto de lei 920/2017, encaminhado a pedido do executivo do estado no começo de outubro, está tramitando em regime de urgência. Para renegociar suas dívidas com a União, flexibilizando prazos, o estado oferece em contrapartida o comprometimento de não aumentar seus gastos.

Esse projeto segue a mesma lógica da Emenda Constitucional 95, aprovada pelo governo golpista de Michel Temer, que congela os investimentos públicos por 20 anos e que ficou conhecida como PEC do Teto ou PEC da Morte.

Na prática, significa que todos os servidores, incluindo os professores, terão as suas evoluções funcionais e suas carreiras congeladas. Ficam suspensos o pagamento de quinquênios, da sexta-parte, progressão acadêmica e não acadêmica, bem como todas as progressões previstas em cada carreira, se configurando como cruel arrocho nos salários desses servidores.

Além disso, o projeto ainda propões ampliar a contribuição previdenciária de 11% para 14%, valor que se será subtraído dos salários dos servidores.

Apenas calculada a perda inflacionária dos últimos 4 anos, os professores já tiverem uma perda do seu poder de compra em 25%. Se aprovado, o Projeto de Lei poderá criar uma situação ainda mais devastadora nos rendimentos, que já são muitos baixos, dos professores e servidores públicos.