O ministro Paulo Guedes avisou na semana passada em Washigton que o câmbio mais alto deverá permanecer por um bom tempo. Enquanto fazem demagogia e dizem que “os sinais da economia estão todos melhorando” e Trump anuncia que retomará algumas tarifas de importação do Brasil devido à desvalorização de nossa moeda, quem paga o pato são os brasileiros que verão todos os produtos à base de trigo aumentarem de preço.

Segundo a Abimapi (Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados), o aumento do dólar, que acumulou 8% de elevação no ano, não pode ser totalmente absorvido pelas indústrias e que, portanto, será repassado de maneira gradual para o consumidor final pagar, provavelmente no prazo de dois a três meses.

Como o Brasil importa cerca de metade do trigo que abastece nossa indústria moageira, os alimentos à base deste cereal, que representa 70% do custo das massas, 60% dos pães e bolos industrializados e 30% dos biscoitos, deverão ter aumento de até 3% sobre seus valores finais.

Em números, a economia cresce, mas para os trabalhadores e as classes populares, a renda real está estagnada e o valor dos produtos de nossa cesta básica, não parecem nada estáveis, como vimos o aumento do preço da carne, que atingiu patamar histórico ontem.

Todas políticas do governo Bolsonaro visam melhorar a vida dos capitalistas, dos milionários e bilionários, às custas do país e de sua classe trabalhadora. Um projeto que envolve também fazer o país cada vez mais dependente do mercado financeiro, da exportação de matérias primas, e mais subordinado ao imperialismo.