Segundo ele, essa é uma questão do Poder Judiciário, que tem todo o apoio do Ministério da Justiça e da Polícia Federal. "Até aonde o Ministério Público entender necessário o aprofundamento das investigações, teremos operações", completou.
Questionado sobre a situação envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros, na reunião de conjunta sobre segurança pública que ocorreu na sexta-feira, 28, Moraes disse apenas que o saldo do encontro foi muito importante, porque mostrou união dos Três Poderes pela segurança pública.

Renan havia chamado Moraes de "chefete de polícia" ao criticar a operação da Polícia Federal que prendeu temporariamente quatro policiais legislativos na sexta-feira anterior, 21. Após esse fato abriu uma crise dentro do governo Temer envolvendo o presidente do Senado e o STF, que rapidamente o presidente interino precisou intervir restabelecendo uma estabilidade relativa em torno do acordo comum da necessidade de passar os ajustes.

Contudo essa estabilidade é relativa justamente porque há alas de interesses distintos dentro do governo envolvendo os rumos da Lava-Jato. Renan e Gilmar Mendes, principalmente, vem dando inúmeras declarações criticando a Lava-Jato, sendo duas figuras do governo que desde o impeachment buscaram repactuar o regime. Já Alexandre de Morais, Carmem Lúcia e Sergio Moro, indicam uma tendência a continuidade da Lava Jato possibilitando uma mudança profunda do regime partidário.